segunda-feira, 9 de junho de 2008

Joy Division - Warsaw




Quando o furacão punk varreu o Reino Unido em 1976, muitos jovens se espelharam no exemplo dos Sex Pistols e do Clash e incentivados pelo lema "faça você mesmo", decidiram montar uma banda. Morando na região de Manchester, na época apenas uma cidade industrial esquecida no norte da Inglaterra, os amigos de infância Bernard Sumner, Peter Hook e Terry Mason mesmo sem experiência musical anterior, começaram a tocar guitarra, baixo e bateria respectivamente.
À procura de um vocalista encontraram Ian Curtis, que era uma presença freqüente nos mesmos shows de rock que o grupo costumava assistir. Todos se esforçavam em aprender a tocar seus instrumentos e a cantar, mas na verdade Terry Mason era péssimo baterista, e logo foi substituído por Tony Tabac e depois por Steve Brotherdale, que apesar de saberem tocar bateria, não se adaptaram conforme esperado ao grupo. O baterista definitivo seria Steve Morris, o único a responder a um anúncio colocado em uma loja de discos. Após passar alguns meses ensaiando sem ter um nome certo, escolheram o nome Warsaw, baseado na música "Warszawa" do disco "Low" de David Bowie, lançado poucos meses antes, em janeiro de 1977.
Ian possuía um gosto musical vasto e eclético, contribuindo na formação musical dos outros músicos, apresentando a eles discos de Lou Reed, Iggy Pop e Kraftwerk. Ao mesmo tempo, começaram a fazer alguns shows em sua região natal, junto a toda uma nova geração de bandas que estava se formando.
O início do ano de 1978 marcou a mudança do nome do grupo para Joy Division, devido a uma confusão com um grupo londrino de heavy metal chamado Warsaw Pakt. Chamavam-se "divisões do prazer"* os alojamentos destinados às mulheres judias que eram obrigadas a se prostituir nos campos de concentração nazistas. A escolha do nome foi de Ian Curtis, que era obcecado por tudo que fosse alemão.
Em junho de 1978 lançaram em esquema totalmente independente um EP contendo quatro músicas chamado "An Ideal For Living". Neste mesmo ano, chegaram a gravar um LP para a RCA que nunca chegou a ser lançado, pois o grupo rejeitou a produção e os sintetizadores adicionados posteriormente à gravação. O Joy Division já tentava buscar uma sonoridade própria, procurando se afastar dos clichês punk. O album se tornou disponível em cópias piratas e quem quiser conferir esta transição do grupo, pode encontrar o disco geralmente sob o nome de "Warsaw".
A grande mudança para um novo caminho musical surgiu quando o Joy Division começou a trabalhar com o jovem produtor Martin Hannett, que lhe extraiu uma sonoridade única, sombria, densa e misteriosa. Quando o album "Unknown Pleasures" foi lançado em junho de 1979, foi aclamado pela crítica inglesa como um dos melhores discos de estréia de todos os tempos. "Unknown Pleasures", editado pelo hoje lendário selo Factory, trazia uma mixagem inconvencional, com o baixo e a bateria à frente, junto aos efeitos criados em estúdio por Hannett, deixando ao fundo a guitarra e os versos desesperados de Curtis, com certeza um dos maiores poetas que o rock já teve.
Os shows do Joy Division eram um capítulo à parte. A banda ficava imersa em sombras, tocando seus instrumentos de maneira estática, destacando-se a dança maníaca de Ian Curtis, que sofria de epilepsia e repetia inconscientemente os movimentos que fazia durante seus ataques. O Joy já possuía um grupo fiel de admiradores, que seguia o grupo onde fosse e se vestia à maneira austera da Alemanha dos anos 40.
Em dezembro de 1979 e janeiro de 1980, fizeram uma bem sucedida turnê européia, em um total de 11 shows por países como França, Alemanha, Bélgica e Holanda. As gravações para o segundo album ocorreram em março, novamente produzido por Martin Hannett, mas desta vez destacando-se a utilização de teclados, que eles mesmo haviam renegado no passado. Para a gravação, foi construída no estúdio uma abóbada de estuque, a fim de reproduzir a ressonância de uma capela.
No mês seguinte vários shows foram cancelados devido a problemas de saúde do vocalista. Uma turnê americana de 3 semanas estava prevista para iniciar em maio, mas o grupo nem chegou a embarcar. No dia 18 de maio de 1980, Ian Curtis foi encontrado morto em sua casa em Macclesfield. Por menos romântico que possa parecer, hoje se sabe que ele se enforcou na cozinha com uma corda utilizada como varal. Os motivos prováveis para seu suicídio foram sua epilepsia cada vez mais constante e a dissolução de seu casamento. Quando o single "Love Will Tear Us Apart" saiu em maio, pela primeira vez o grupo chegou ao Top 20 britânico. O album "Closer" lançado no mês seguinte, considerado a grande obra-prima do Joy, repetiu a mesma façanha. Ironicamente, o Joy Division atingiu sua maior popularidade quando já havia acabado e Ian Curtis nunca chegou a ver o sucesso que ele desejava tanto para seu grupo. O lançamento do album "Still" em 1981, com sobras de estúdio e a gravação de seu último concerto, aumentou ainda mais o mito em torno do grupo.
Hoje em dia a importância do Joy Division pode ser avaliada pelos diferentes grupos que influenciou e pelas covers que foram gravadas posteriormente, de Bush a Nine Inch Nails, passando por Swans e Galaxie 500. Os sobreviventes do grupo continuaram como New Order, mas isto já é outra história...

*muitas pessoas também conhecem por “Divisões da alegria”

baixe essa loucura:
http://www.4shared.com/file/41470114/45c28652/warsaw.html?dirPwdVerified=53a7d19b

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A Festa Nunca Termina (24 Hour Party People - 2002)



Sinopse: Manchester, 1976. O aluno de Cambridge Tony Wilson (Steve Coogan) está no show dos Sex Pistols. Totalmente inspirado por esse momento-chave da história da música, ele e seus amigos montam um selo chamado Factory. Eles assinam um contrato com o Joy Division (que viria a ser o New Order), com o James e os Happy Mondays, todos artistas seminais de seu tempo. Isso desencadeia um turbilhão de sexo, música e drogas que culmina com o nascimento de um dos dance clubs mais famosos do mundo, o Hacienda, meca de clubbers e adeptos do psicodelismo. Descrevendo a herança musical de Manchester desde a década de 1970 até o início dos anos 90, o filme ilustra a vibração que fez de Manchester o lugar onde todos gostariam de estar.

Ao som: Cartola - As rosas não falam

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mulheres - Charles Bukowski



Nosso primeiro livro não poderia ser ninguém menos que o inigualável Charles Bukowski !!

Lançado no Brasil em 1984 pela editora Brasiliense, este livro relata as bebedeiras de Henry Chinaski e seus conturbados relacionamentos com várias e variadas mulheres: Lilly, Lydia, Valerie, April, Dee Dee, Nicole, Mindy, Tammy, ...

Entre nas aventuras do nosso herói marginal, do nosso padroeiro dos bêbados e não esqueçam de pegar uma toalhazinha pra se limparem depois!!


Um trechinho do livro pra instigar!!


"Eu era sentimental em muitas coisas: a uns sapatos de mulher sob a cama; a um gancho abandonado sobre a cómoda; ao modo de dizer «vou fazer chichi...»; fitas do cabelo; descer a avenida com elas à uma e meia da tarde, apenas duas pessoas a caminhar; as longas noites em que se bebe, fuma e se conversa; os argumentos; pensar no suicídio; comermos juntos e sentirmo-nos bem; as brincadeiras e os risos absurdos; sentir milagres no ar; estarmos juntos dentro do carro estacionado; comparar antigos amores às três da manhã; dizerem-nos que ressonamos, ouvir o ressonar dela; mães, filhas, filhos, gatos, cães; por vezes a morte, por vezes o divórcio, mas continuar sempre; ler o jornal sozinho num quiosque e sentir náuseas por ela estar casada com um dentista com um Q.I. de 95; corridas de cavalos, os parques, ou piqueniques no parque; até cadeias; os sinistros amigos dela, os nossos amigos sinistros; os nossos copos e as danças dela; os teus engates; os engates dela; os comprimidos dela, as tuas fodas por fora e as dela; dormir juntos..."

Punhetas-se aqui:
Sugando: Mike Patton - Batucada

I'm not There ( Bob Dylan)

Sinopse:
Uma biografia diferente do maior ícone do rock’n’roll americano, Bob Dylan, numa narrativa fragmentada e em tom estiloso. Sete atores, entre eles grandes astros de Hollywood, interpretam o músico em diferentes períodos de sua vida e carreira, entre os anos 60 e 70. Uma das interpretações mais originais nesse inusitado formato deu a Cate Blanchett – no filme morena, com cabelos cacheados e de óculos escuros – o Copa Volpi de melhor atriz no festival de Veneza 2007. A produção também conquistou o Prêmio Especial do Júri e o “CinemAvvenire”, dedicado a produções inovadoras que apontam o futuro do cinema. Em outra escolha curiosa, o jovem aventureiro Dylan é vivido pelo garoto negro Marcus Carl Franklin. A trilha sonora recorre a versões originais e a covers do bardo, incluindo do hit “Like a Rolling Stone”

Aqui as pedras rolam: http://rapidshare.de/files/38930276/I_m.Not.there.zip.html

Legendas: http://rapidshare.de/files/38930276/I_m.Not.there.zip.html

Alucinando no som: Joy Division (Transmission)

Control



INFORMAÇÕES DO ARQUIVO
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 381 Mb
Formato: Rmvb
Qualidade: DVDRip
INFORMAÇÕES DO FILME
Ano de Lançamento: 2007
Gênero: Drama
Duração: 121 min
Classificação etária: 14 anos
Sinopse: Os últimos anos da vida de Ian Curtis (Sam Riley), vocalista da lendária banda inglesa Joy Division. Curtis, que teve uma trajetória curta e intensa, ficou famoso por seu talento de letrista e por suas performances épicas à frente da banda. Sofrendo com os ataques de epilepsia, sem saber como lidar com o seu talento e dividido entre o amor por sua mulher e filha e um caso extraconjugal, ele se enforcou em 18 de maio de 1980, aos 23 anos.
Viajando com: Betty Carter - B's Blues.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Mussum - Água Benta

E para começar os trabalhos, vai chegando ninguem menos que nosso querido Mumu da Mangueira. Nascido Antônio Carlos Bernardes Gomes (Rio de Janeiro, 07 de abril de 1941) e morrido Mussum (São Paulo, 29 de julho de 1994). Uma pérola dele pra o deleite da cachaçaiada!!



1. Chiclete de Hortelã
2. Água Benta
3. Alô Judite
4. Artigo Esgotado
5. Cada Vida
6. É Ouro Só
7. Foi Melhor Assim
8. Malandro Quilomba
9. Nego Juca
10. Rio Antigo
11. Tem que Ser Hoje
12. Vai se Arrepender
Nos ouvidos: Jorge Ben - Menina Mulher da Pele Preta

O Início!

Sejam bem-vindos ao novo e admirável mundo, onde poderemos colocar nossas papilas receptoras em um mar profundo de intrigas preciosas. Fiquem a vontade para desfrutarem de nossas ideias e ideais... Participem, pois não estamos em frente à televisores repletos de pessoas com sorrisos gravados, censuras, comerciais, sem poder ofender anunciantes e ainda ter que agradar a patrocinadores.
Boa viagem!!!
Ao som de Portishead (Thread)!